Desalojos de favelas en Río de Janeiro, Brasil: antiguo problema, nuevas justificativas

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.1344/sn2022.26.35144

Palabras clave:

favelas, desalojos, Río de Janeiro, megaeventos deportivos

Resumen

Este artículo aborda el problema de la movilidad residencial forzada de los que viven en las favelas de la metrópoli de Río de Janeiro como reflejo de dificultades históricas de los poderes públicos para reconocer estos espacios populares como parte integrante de la ciudad. Bajo una perspectiva sociológica, el artículo analiza cómo los desalojos, que alcanzaron su punto crítico durante la dictadura cívico-militar y recibieron duras críticas, a lo largo de la democratización, retomaron con fuerza en el contexto de los megaeventos deportivos. Teniendo en cuenta los Mundiales de FIFA 2014 y los Juegos Olímpicos de 2016, se resalta, a partir de los casos de dos localidades, cómo este antiguo problema adquirió nuevas justificativas ancladas en el discurso del legado y provocó una "nueva diáspora urbana forzada", que fortaleció el poder del capital y la expulsión de los más pobres de las zonas más valoradas de la ciudad.

Biografía del autor/a

Leticia de Luna Freire, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Profesora del Departamento de Ciencias Sociales y Educación, coordinadora del Núcleo de Pesquisa Educação e Cidade (Nupec/UERJ), investigadora del Laboratório de Etnografia Metropolitana (LeMetro/IFCS-UFRJ) y del Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (InEAC/UFF)

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2022-04-01 — Actualizado el 2022-06-20

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