A percepção institucional da república velha no 'Auto da Compadecida': entre Victor Nunes Leal e Ariano Suassuna

Autores/as

  • Ricardo Manoel Oliveira Morais Universidade de São Paulo
  • Luiza Rezende Andrade

DOI:

https://doi.org/10.1344/oxmora.23.2023.42386

Palabras clave:

República Velha, Comédia, Representação, Instituições, Realidade social

Resumen

O objetivo deste artigo é analisar a percepção das instituições e da aplicação da lei na realidade brasileira da República Velha a partir da manifestação artística cômica de Ariano Suassuna. Para a compreensão e a análise da República Velha – período compreendido entre 1889 e 1930, também denominado por República Oligárquica, 1ª República ou República do Café com Leite –, o marco teórico é o Coronelismo, Enxada e Voto, de Victor Nunes Leal. Sobre a percepção e as representações populares cômica da lei e das instituições, a peça escolhida é o Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. O paralelo entre as obras visa a evidenciar um distanciamento entre a esfera pública brasileira do final do século XIX e início do XX – e tudo o que dela decorre, como as leis, os processos de tomada de decisões políticas, a relação entre cidadãos e autoridades “legitimamente constituídas” – e a realidade social.

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Publicado

2023-07-01

Cómo citar

Morais, R. M. O., & Rezende Andrade, L. (2023). A percepção institucional da república velha no ’Auto da Compadecida’: entre Victor Nunes Leal e Ariano Suassuna. Oxímora. Revista Internacional De Ética Y Política, (23), 107–127. https://doi.org/10.1344/oxmora.23.2023.42386

Número

Sección

Artículos