Segregação socioespacial e a negligência ao patrimônio construído: legado dos projetos e práticas do poder público municipal em Maringá – PR (Brasil)

Autores/as

  • Fabíola Castelo de Souza Cordovil
  • Ana Lúcia Rodrigues

Palabras clave:

requalificação urbana, segregação socioespacial, projeto moderno

Resumen

O legado da atuação do poder público municipal em Maringá, Paraná, Brasil, vem sendo composto pelo sistemático desrespeito ao patrimônio construído e por um intenso processo de segregação socioespacial com vistas à valorização imobiliária. O plano inicial definia áreas para edifícios e espaços públicos e coletivos. Embora parcialmente efetivadas, tais áreas resultaram num patrimônio edificado no âmbito de uma constante disputa entre os interesses públicos e os privados. Investigamos o processo de transição da cidade idealizada para a cidade construída, notadamente na construção e demolição dos primeiros edifícios centrais, onde as principais atividades se concentraram e cujos edifícios não foram mantidos como símbolo desse importante período da história. Ainda a partir do plano moderno, analisamos a disposição de um zoneamento determinado pelo padrão econômico que se desenvolveu e consolidou uma ocupação urbana caracterizada por recorrentes processos de segregação socioespacial, implementada pelas ações conjuntas dos agentes imobiliários e do poder público.