A territorialização de organizações não governamentais nas periferias urbanas: uma experiência na metrópole de São Paulo
Resumen
As organizações não governamentais (ONGs) se difundiram amplamente pelos países da periferia do capitalismo a partir da década de 1990 alicerçados nos ditames de uma economia baseada em políticas neoliberais. Este novo sujeito trouxe consequências relevantes ao nível econômico, político, mas, sobretudo, ao social com o desenvolvimento de estratégias que impuseram um controle sobre os espaços urbanos periféricos das cidades. Estas ONGs, muitas vezes com uma prática urbana assistencialista, efetiva o controle do espaço por meio da gestão dos serviços sociais imprescindíveis para a reprodução da vida dos moradores acarretando a normatização dos usos, inclusive, com interditos sobre espaços coletivos frutos de lutas urbanas. Este é o caso da Associação Comunitária Monte Azul na periferia de São Paulo, que se territorializa sobre uma favela ao longo das três últimas décadas e se legitima através dos serviços prestados à comunidade configurando um dos modos de controle sobre os lugares na periferia.
Palabras clave
ONG; periferia; territorialização; controle do espaço; normatização; gestão de serviços
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