Os novíssimos movimentos sociais e as territorialidades políticas juvenis: pertencer, existir e resistir!

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.1344/sn2021.25.32047

Palabras clave:

territorialidade política, jovens, Geração # e Blockchain, novíssimos movimentos sociais.

Resumen

As transformações nos processos globais foram e são acompanhadas por distintas lutas sociais que têm como princípio básico a busca por reverter ou fazer frente à lógica hegemônica, as quais passaram a ocorrer de forma distinta a partir de 2010. Para tanto, investigamos sobre as territorialidades políticas juvenis, partindo da compreensão de que nos novíssimos movimentos sociais há uma intersecção e articulação entre as mobilizações que acontecem nos espaços online e nos físicos. Discute-se ainda sobre jovens, Geração # e Blockchain, bem como trabalhos de campo no movimento feminista em Barcelona e no Brasil, por questionários online e de entrevistas no Brasil em 2019. Pudemos inferir que a territorialidade política dos jovens está no movimento de lado vivido e atuante do poder/contrapoder, capturando o oculto nas relações entre sociedade, espaço, poder e indivíduos, nas suas individualidades e/ou coletividades. As suas territorialidades políticas está em pertencer, existir e resistir!

Biografía del autor/a

Lara Pires Weissbock, Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO)

Doutoranda em Geografia, na linha de pesquisa Dinâmica dos Espaços Rurais e Urbanos, pela Universidade Estadual do Centro Oeste/PR. Mestre em Geografia pela Universidade Estadual do Centro Oeste/PR (2014). Especialista em Educação Especial: Atendimento às Necessidades Especiais pela Faculdade Integrada do Vale do Ivaí (ESAP) (2012). Graduada em Pedagogia: Docência e Gestão Educacional pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (2011). Graduanda em Geografia pela UNICESUMAR. Integrante do Grupo de Pesquisa e Estudos do Poder e das Dinâmicas Socioeconômicas e Territoriais (GEPES). Concluiu em 2019, enquanto pesquisadora na Universitat Pompeu Fabra, em Barcelona (Espanha), pesquisa sobre os movimentos sociais juvenis na Espanha, por meio do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE-CAPES). Atualmente pesquisa principalmente sobre os temas: movimentos sociais juvenis; mobilização e participação política; territorialidade.

Márcia da Silva, Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO)

Graduada e pós-graduada em Geografia pela Universidade Estadual Paulista - UNESP/Presidente Prudente. Desenvolve pesquisas em temáticas voltadas à Geografia Política, mais especificamente sobre poder e redes de poder, políticas públicas e dinâmica do território. Debruça-se, ainda, em aprofundar epistelogicamente os conceitos de territórios conservadores de poder e de contraespaços, áreas nas quais têm projetos financiados pelo CNPq e pela Fundação Araucária. Professora da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), em Guarapuava (graduação, mestrado e doutorado), no Paraná. Líder do Grupo de Pesquisa em Estudos Políticos e Análise Urbano-Regional e do Grupo de Pesquisa Redes de Poder, Migrações e Dinâmicas Territoriais (GEPES). Esteve na coordenação do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado/Doutorado) em Geografia da Unicentro por cinco anos. É membro do Conselho Consultivo da ANPEGE e avaliadora de Cursos de Graduação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), bem como membro do Comitê Assessor de Área (CAA - Ciências Humanas) da Fundação Araucária. Pós-doutora em Geografia pela Universidade de Lisboa.

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Publicado

2022-01-02

Número

Sección

Artículos