A simbiose entre turismo industrial e turismo literário
Na rota da chapelaria com os «Unhas Negras»
DOI:
https://doi.org/10.1344/abriu2022.11.11Palavras-chave:
património cultural, turismo industrial, turismo literário, Unhas Negras, João da Silva CorreiaResumo
O presente artigo visa pôr em destaque a diversidade do património cultural português, nomeadamente, as vivências relacionadas com o património industrial e literário, perpetuadores de memórias. O cerne deste estudo concentra-se na cidade de S. João da Madeira, em particular, na indústria e no museu da chapelaria e numa obra que apresenta o quotidiano destes operários – Unhas Negras – da autoria de João da Silva Correia.
Com efeito, apostar no desenvolvimento do turismo industrial, aliado ao turismo literário, representa uma matéria emergente na sociedade atual, porquanto é necessário valorizar duas áreas relevantes no âmbito cultural.
Sendo S. João da Madeira a primeira cidade a introduzir o turismo industrial em Portugal, nada melhor do que conjugar a preservação deste espólio com a projeção do património cultural. Para tal, foi feita pesquisa sobre as unidades fabris ali existentes, a fim de permitir o conhecimento de um espaço museológico e fábricas locais, como principal marca identitária da região, através de uma viagem pela História.
Para evidenciar esta simbiose entre ambos os “turismos”, a viagem mescla-se com o romance Unhas Negras (através do levantamento das citações mais ilustrativas), o qual homenageia todos aqueles que fizeram da chapelaria uma das atividades mais importantes da cidade.
Ao abranger uma infinidade de contextos que, neste caso, se concretiza no estímulo concedido à indústria e à literatura, graças à partilha entre passado e futuro, este trabalho pretende demonstrar como lugares e acontecimentos proporcionam novos olhares e experiências.
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