Violación conyugal: narrativas femeninas ocultas

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.1344/cpyp.2022.23.40458

Resumen

Este artículo presenta un estudio introductorio, cuya pregunta central es: ¿cómo el género afecta o produce las narrativas de violación conyugal de las mujeres del Distrito Federal que acceden al sistema judicial para denunciar la violencia intrafamiliar? Para responder a esta pregunta, los autores utilizan el género como categoría descolonizada, haciendo un examen histórico del control de la sexualidad femenina. Los autores, en abordar la cuestión, consideran el género como una categoría decolonial y realizan un estudio del control histórico de la sexualidad femenina. Usando un enfoque cualitativo, proceden posteriormente a una investigación de campo. El análisis de los informes individuales de mujeres que sufren violencia doméstica, realizado por los equipos psicosociales del Ministerio Público del Distrito Federal y sus territorios (MPDFT), se cruzan con los resultados de los cuestionarios contestados por quienes realizaron estos informes. Los hallazgos sugieren que la violación marital es un tipo de violencia que permanece invisible, bajo un fuerte control social que impide su perceptibilidad a las mujeres.

Palabras clave: violación conyugal; invisibilidad; violencia doméstica.

Biografía del autor/a

Bruno Amaral Machado, Uniceub

Professor do Programa de Mestrado e Doutorado em Direito e Políticas Públicas do
Uniceub. Doutor em Direito (especialidade Sociologia Jurídico-penal pela Universidade
de Barcelona). Pós-doutorado em Sociologia (UnB – Jonh Jay). Líder do Grupo de
Pesquisa Política Criminal (Uniceub). Promotor de Justiça (MPDFT).

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Publicado

2022-11-28

Número

Sección

Artículos de Fondo