Marital rape: hidden female narratives
DOI:
https://doi.org/10.1344/cpyp.2022.23.40458Abstract
This article presents an introductory study, whose main question is: how does gender affect or produce the marital rape narratives of women in Federal District who access the legal system to report domestic violence? To answer this question, the authors used gender as a decolonized category, making a historical exam of the control of female sexuality. To approach the question, the authors consider gender as a decolonial category, and conduct a study of the historical control of female sexuality. Using a qualitative approach, they then proceed to field research. The analysis of individual reports of women facing domestic violence, carried out by psychosocial teams of the Public Prosecutor's Office of Federal District and its territories (MPDFT), is combined with the results of questionnaires completed by those who carried out these reports. The findings suggest that marital rape is a kind of violence that stays invisible, under robust social control preventing its exposure to women.
Keywords: Marital rape; invisibility; domestic violence.
References
Almeida SS (2017) Essa violência mal-dita. In: Almeida S (org). Violência de gênero e políticas públicas. Rio de Janeiro: UFRJ.
Amâncio L (2003) O género no discurso das ciências sociais. Análise Social 38(168): 687-714.
Andrade M (2018) Perspectivas feministas em criminologia: a interseccionalidade entre gênero, raça e classe na análise do estupro. Revista Brasileira de Ciências Criminais 146. Available at https://www.academia.edu/37321906/Perspectivas_feministas_em_criminologia_a_interseccionalidade_entre_g%C3%AAnero_ra%C3%A7a_e_classe_na_an%C3%A1lise_do_estupro (accessed September 19, 2018).
Andrade V (2005) A soberania patriarcal: o sistema de justiça criminal no tratamento da violência sexual contra a mulher. Sequência: Estudos Jurídicos e Políticos 26(50): 71-102.
Badinter E (1986) Um é o outro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
Bandeira LM (2014) Violência de gênero: a construção de um campo teórico e de investigação. Sociedade e Estado 29(2): 449-469.
Bandeira LM (2017) Violência, gênero e poder: múltiplas faces. In: Stevens C; Oliveira et al. (org.) Mulheres e violências: interseccionalidades. Brasília: Technopolitik.
Beauvoir S de (1987) O segundo sexo. Trans. Sérgio Milliet. Lisbon.
Bennice J; Resick P (2003) Marital rape: history, research, and practice. Trauma, Violence & Abuse 4(3): 228-246.
Berman J (2004) Domestic sexual assault: a new opportunity for court response. Juvenile and Family Court Journal 55(3): 23-34.
Bloom S (2008) Violence against women and girls: a compendium of monitoring and evaluation indicators. U.S.: USAID. Available at https://www.measureevaluation.org/resources/publications/ms-08-30 (accessed September 24, 2018).
Brazil (2020) Brazilian Yearbook of Public Safety. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública 14, 2019. Available at: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2020/10/anuario-14-2020-v1-interativo.pdf (accessed November 30, 2021)
Campos C (2013) Teoria crítica feminista e crítica à(s) criminologia(s) estudo para uma perspectiva feminista em criminologia no Brasil. [Doctoral dissertation, Pontifical Catholic University of Rio Grande do Sul].
Campos C et al. (2017) Cultura do estupro ou cultura antiestupro? Revista Direito GV 14(3): 981-1006.
Cardoso S (2016). Violação em contexto conjugal: vozes e perspectivas de vítimas. [Doctoral dissertation, University of Minho].
Carmo H; Ferreira M (2008). Metodologia da investigação: guia para auto-aprendizagem. Lisbon: Aberta university.
Cerqueira D; Coelho D (2014) Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da saúde (preliminary version). Brasília: IPEA. Available at http://www.compromissoeatitude.org.br/wp-content/uploads/2014/03/IPEA_estupronobrasil_dadosdasaude_marco2014.pdf (accessed September 24, 2018).
Connell R; Pearse R (2015). Gênero: uma perspectiva global. São Paulo: Versos.
Connell R; Messerschmidt J and Fernandes F (2013) Masculinidade hegemônica: repensando o conceito. Estudos feministas 21(1): 241-282. Florianópolis.
Costa D. Violência de género, igualdade e direitos humanos (2017) In: Neves Sofia; Costa D (ed.). Violências de género. Lisboa: ISCSP.
Dantas-Berger SM; Giffin K (2005) A violência nas relações de conjugalidade: invisibilidade e banalização da violência sexual? Cadernos de Saúde Pública 21(2): 417-425.
Del Priore M (2012) História do amor no Brasil. São Paulo: Contexto.
Dias I (2015) Sociologia da família e do género. Lisbon: Pactor.
Fanon F (2008) Pele negra, máscaras brancas. Trad. Renato da Silveira. Salvador: EdUFBA.
Foucault M (2005) Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes.
Gomes C (2018a). Constituição e feminismo: entre gênero, raça e direito: das possibilidades de uma hermenêutica constitucional antiessencialista e decolonial. História: Debates e Tendências 18(3): 343-365.
Gomes C (2018b). Gênero como categoria de análise decolonial. Civitas: Revista de Ciências Sociais 18(1): 65-82. Available at http://dx.doi.org/10.15448/1984-7289.2018.1.28209 (accessed on September 9, 2018).
Gomes NL (2005) Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão. Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal 10639(3): 39-62.
Gonçalves JP (2017) As contribuições da noção de interseccionalidade edos estudos feministas pós-coloniais para o campo das intervenções com homens autores de violência doméstica contra as mulheres. In: Beiras A; Nascimento M (org.) Homens e violência contra mulheres. Rio de Janeiro: Instituto Noos.
Gonzalez L (1984) Racismo e sexismo na cultura brasileira. Ciências Sociais Hoje 2(1): 223-244.
Karmen A (2004). Crime victims: an introduction to Victimology. Canada: Thomson Wadsworth.
Kilomba G (2019) Memórias da Plantação. Episódios de Racismo Cotidiano. Trad. Jess Oliveira. 1st edition. Rio de Janeiro: Cobogó.
Machado L (2000) Perspectivas em confronto: relações de gênero ou patriarcado contemporâneo? Série Antropológica 284: 2-19. Brasília.
Machado L (2001) Masculinidades e violências: gênero e mal-estar na sociedade contemporânea. Série Antropológica 290. Brasília.
Mahoney P; Williams LM (1998) Sexual assault in marriage: prevalence, consequences, and treatment of wife rape. In: Jasinski J; Williams L (ed.). Partner violence: a comprehensive review of 20 years of research. Thousand Oaks: Sage.
Marconi M; Lakatos, EM (2003) Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas.
Montenegro M (2015) Lei Maria da Penha: uma análise criminológico-crítica. Rio de Janeiro: Revan.
Moraes A (2007) Violência sexual, atendimento na saúde e repercussões nas identidades das vítimas. In: Almeida, S. Violência de gênero e políticas públicas. Rio de Janeiro: UFRJ.
Pereira, PP (2015) Queer decolonial: quando as teorias viajam. Revista Semestral do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar 5(2): 411.
Pimentel S; Schritzmeyer ALP and Pandjiarjian Valéria (1998) Estupro: crime ou “cortesia”? Abordagem sociojurídica de gênero. Porto Alegre: SA Fabris Editor.
Piscitelli A (2009) Gênero: a história de um conceito. In: Almeida H; Szwako J. Diferenças, igualdade. São Paulo: Berlendis & Vertecchia.
Prando C (2017) A criminologia crítica no Brasil e os estudos críticos sobre branquidade. Revista Direito e Práxis 9(1): 70-84.
Quijano A (2018) Colonialidade do poder e classificação social. In: Santos B; Meneses MP (org.) Epistemologias do sul. Coimbra: Edições Almedina.
Quivy R; Van Campenhoudt L (2017) Manual de investigação em ciências sociais. Lisboa: Gradiva.
Randall M; Venkatesh V (2015) The right to no: the crime of marital rape, women’s human rights, and international law. Brooklyn Journal of International Law 4(1): 153-202.
Reis I; Brasil C (2015) Acolhimentos de mulheres em situação de violência doméstica no MPDFT: uma perspectiva psicossocial. Revista do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 9: 317-372.
Saffioti H (2015) Gênero patriarcado violência. São Paulo: Expressão Popular.
Santos SA dos (2002). Ação afirmativa ou a utopia possível: o perfil dos professores e dos pós-graduandos e a opinião destes sobre ações afirmativas para os negros ingressarem nos cursos de graduação da UnB. Relatório final de pesquisa. Brasília: ANPEd/2º Concurso Negro e Educação, mimeo, 2002.
Scott J (1989) Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Trans. Dabat CR and Ávila MB. Educação e Realidade 15(2): 5-22.
Segato R (2003) Las estructuras elementares de la violencia: ensayos sobre género entre la antropologia, el psicoanálisis y los derechos humanos. Bernal: Universidad Nacional de Quilmes.
Segato R (1999) A estrutura de gênero e a injunção do estupro. In: Suarez M; Bandeira L (org.) Violência, gênero e crime no Distrito Federal. Brasília: Paralelo 15.
Segato R (2012). Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico decolonial. E-cadernos CES 18.
Tavares M (2011) Feminismos: percursos e desafios. Lisboa: Texto.
Vargas J (1999) Familiares ou desconhecidos? A relação entre os protagonistas do estupro no fluxo do sistema de justiça criminal. Revista Brasileira de Ciências Sociais 14(40): 63-82.
Ventura I (2015) Um corpo que seja seu: podem as mulheres [não] consentir? Ex aequo 31: 75-89.
Ventura I (2018) Medusa no Palácio da Justiça: uma história da violação sexual. Lisboa: Tinta da China.
Ventura MC; Ferreira MM and Magalhães MJ (2013) Violencia en las relaciones de intimidad: creencias y actitudes de estudiantes de la enseñanza secundaria. Revista de Enfermagem Referência 3(11): 95-103. DOI: https://dx.doi.org/10.12707/RIII12120.
Vieira S (2016) Lei Maria da Penha e gestão normalizadora da família: um estudo sobre a violência doméstica judicializada no Distrito Federal entre 2006 e 2012. [Doctoral dissertation, University of Brasilia].

Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Critica Penal y Poder

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Copyright:
The author retains the rights of authorship and grants the journal the right of first publication.
The articles will be published under a license of Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 4.0 Attribution-NonCommercial-NoDerivs 4.0 International which will appear in each of them.
The licence allows the work to be shared with third parties, provided that they acknowledge authorship, initial publication in this journal and the terms of the licence. No commercial use or derivative works may be created without the permission of the copyright holder.
In the case that the article has already been published, the original rights will be respected and they will be mentioned in a footnote.