Desallotjaments de faveles a Rio de Janeiro, Brasil: antic problema, noves justificacions
DOI:
https://doi.org/10.1344/sn2022.26.35144Paraules clau:
faveles, desallotjaments, Rio de Janeiro, Megaesdeveniments esportiusResum
Aquest article aborda el problema de la mobilitat residencial forçada dels quals viuen en les faveles de la metròpoli de Rio de Janeiro com a reflex de dificultats històriques dels poders públics per a reconèixer aquests espais populars com a part integrant de la ciutat. Des d'una perspectiva sociològica, l'article analitza com els desallotjaments, que van aconseguir el seu punt crític durant la dictadura cívic-militar i van rebre dures crítiques, al llarg de la democratització, van reprendre amb força en el context dels megaesdeveniments esportius. Tenint en compte els Mundials de FIFA 2014 i els Jocs Olímpics de 2016, es ressalta, a partir dels casos de dues localitats, com aquest antic problema va adquirir noves justificatives ancorades en el discurs del llegat i va provocar una "nova diàspora urbana forçada", que va enfortir el poder del capital i l'expulsió dels més pobres de les zones més valorades de la ciutat.
Referències
Alves, Raoni; Gomes, Marcelo y Abreu, Ricardo. 2019. “Sérgio Cabral admite que comprou, por US$ 2 milhões, votos para trazer a Olimpíada para o Rio”. G1, 04/07/19. Disponible en: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/07/04/sergio-cabral-depoe-sobre-compra-de-votos-para-o-rio-sediar-a-olimpiada-de-2016.ghtml. Acceso en 16/10/19.
Boltanski, Luc y Thevenot, Laurent. 1991. De la justification. Les économies de la grandeur. Paris: Gallimard.
Brasil. 2009. Dossiê de candidatura do Rio de Janeiro à sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. Disponible en:
http://memoriadasolimpiadas.rb.gov.br/jspui/handle/123456789/594. Acceso em 10/08/19
Brum, Mario. 2013. “Favelas e remocionismo ontem e hoje: da Ditadura de 1964 aos Grandes Eventos”. O Social em Questão XVI(29): 179-208.
Castells, Manuel. 2013. Redes de indignação e esperança. Movimentos sociais na era da internet. Rio de Janeiro: Zahar.
Costa, Jacqueline; Magalhães, Luiz Ernesto y Schmidt, Selma. 2009. “A palavra proibida: Tabu ideológico e semântico cerca debate sobre a remoção de favelas”. O Globo, Rio, 12/04/2009, 14.
Faulhaber, Lucas y Azevedo, Lena. 2015. SMH 2016: remoções no Rio de Janeiro olímpico. 1ª ed. Rio de Janeiro: Mórula Editorial.
Freire, Leticia de Luna y Tafakgi, Mariana. 2016. “O que está em jogo na “cidade olímpica”? Conflitos e resistências acerca da remoção de assentamentos populares no Rio de Janeiro”. Antropologia do Conflito Urbano: Conexões Rio-Barcelona, editado por Neiva Vieira da Cunha, Leticia de Luna Freire, Maíra Machado-Martins y Felipe Berocan Veiga, 51-74. Rio de Janeiro: Lamparina.
Freire, Leticia de Luna. 2016a. “Les Jeux Olympique pour qui? Les actions du Comité populaire de la Coupe du monde et dês Jeux Olympiques de Rio de Janeiro contre um modele urbain d’exclusion”. Problèmes d’Amérique Latine, 103 (4/16): 95-117.
Freire, Leticia de Luna. 2016b. Quando a “cidade olímpica” não é para todos: o caso da Vila Autódromo. Revista Advir, Dossiê Cidades Olímpicas. Rio de Janeiro, 35 (jul):74-83.
Freire, Leticia de Luna. 2013. “Mobilizações coletivas em contexto de megaeventos esportivos no Rio de Janeiro”. O Social em Questão, ano XVI, 29: 101-128.
Gonçalves, Rafael Soares. 2015. “Políticas públicas e o retorno das remoções de favelas por ocasião das chuvas de abril de 2010 no Rio de Janeiro”. Pensando o Rio: políticas públicas, conflitos urbanos e modos de habitar, editado por Roberto Kant de Lima, Marco Antônio da Silva Mello y Leticia de Luna Freire, 11-33. Niterói: Intertexto.
Harvey, David. 1996. “Do gerenciamento ao empresariamento: a transformação da administração urbana no capitalismo tardio”. Espaço e Debates, 39: 48-64.
Leeds, Anthony y Leeds, Elizabeth. 1978. A sociologia do Brasil urbano. Rio de Janeiro: Zahar.
Leitão, Gerônimo Emílio Almeida. 1999. A construção do Eldorado urbano: o plano piloto da Barra da Tijuca e Baixada de Jacarepaguá – 1970-1988. Niterói: EdUFF.
Magalhães, Alexandre de Almeida. 2019. Remoções de favelas no Rio de Janeiro: entre formas de controle e resistências. 1ª ed. Curitiba: Appris.
Mascarenhas, Gilmar. 2016. A produção da cidade olímpica e os sinais da crise do modelo globalitário. Geousp – Espaço e Tempo, 20 (1): 52-68.
Mascarenhas, Gilmar; Bienenstein, Glauco; Sánchez, Fernanda (orgs). 2011. O jogo continua: megaeventos esportivos e cidades. Rio de Janeiro: FAPERJ; EdUERJ.
Meireles, Manuela y Falbo, Ricardo. 2016. Cidade do Rio de Janeiro, Comunidade Metrô Mangueira e Defensoria Pública. A resistência à remoção de favelas no Rio de Janeiro: instituições do comum e resistências urbanas. A história do núcleo de terras e habitação e a luta contra a remoção de favelas no Rio de Janeiro (2007-2011), editado por Alexandre F. Mendes y Giuseppe Cocco, 223-240. Rio de Janeiro: Revan.
Mello, Marco Antonio da Silva; Simões, Soraya Silveira. 2013. “Onde você mora?”: propósitos e implicações do endereço. Novos olhares sobre o lugar: ferramentas e métodos da arquitetura à antropologia, editado por Cristiane Duarte y Roselyne de Villanova, 65-80. Rio de Janeiro: Contracapa; FAPERJ.
Mello, Marco Antonio da Silva, Machado da Silva, Luiz Antonio, Freire, Leticia de Luna y Simões, Soraya Silveira (ed). 2012. Favelas cariocas: ontem e hoje. Rio de Janeiro: Editora Garamond.
Mello, Marco Antônio da Silva. 2013. Entrevista para el periodista Flávio Tabak. En “A história de uma palavra tabu. Como a remoção de favelas foi alvo de uma intensa disputa ideológica que resultou na transferência de 140 mil pessoas de 1962 a 1974”. O Globo, 13/12/2013. Disponible en: https://oglobo.globo.com/rio/a-historia-de-uma-palavra-tabu-11058922. Acceso en 8/01/2019.
Mendes, Alexandre. 2016. “O Núcleo de Terras e Habitação no enfrentamento de um novo ciclo de remoções no Rio de Janeiro: o ano de 2009”. A resistência à remoção de favelas no Rio de Janeiro. Instituições do comum e resistências urbanas: a história do Núcleo de Terras e Habitação e a luta contra a remoção de favelas no Rio de Janeiro (2007-2011), editado por Alexandre Mendes y Giuseppe Cocco, 47-163. Rio de Janeiro: Revan.
Mendes, Alexandre; Cocco, Giuseppe (orgs). 2016. A resistência à remoção de favelas no Rio de Janeiro. Instituições do comum e resistências urbanas: a história do Núcleo de Terras e Habitação e a luta contra a remoção de favelas no Rio de Janeiro (2007-2011). Rio de Janeiro: Revan.
Perlman, Janice. 1977. O mito da marginalidade: favelas e política no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Rodrigues, Matheus. 2016. “No dia em que recebe homenagem, mulher tem casa demolida no Rio”. G1, 08/03/16. Disponible en:
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/03/no-dia-em-que-recebe-homenagem-mulher-tem-casa-demolida-no-rio.html. Acceso en 10/01/18.
Tanaka, Gisele et al (orgs). 2018. Viva a Vila Autódromo: o plano popular e a luta contra a remoção. Rio de Janeiro: Letra Capital.
Vainer, Carlos. 2012. “Pátria, empresa e mercadoria. Notas sobre a estratégia discursiva do Planejamento Estratégico Urbano”. A cidade do pensamento único: desmanchando consensos, editado por Otília Arantes, Carlos Vainer y Ermínia Maricato, 5-103. Petrópolis, RJ: Vozes.
Valladares, Lícia do Prado. 2000. “Qu’est-ce qu’une favela?” Cahiers de Amériques Latines 34: 61-72.
Valladares, Lícia do Prado. 1978. Passa-se uma casa: análise do programa de remoção de favelas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Zahar Editor.
Vasconcellos, Fábio. 2009. “Quase três Rocinhas a menos: Plano da prefeitura prevê, até 2013, redução de 5% da área ocupada hoje por favelas”. O Globo, Rio, 15/09/09, p. 10
Vieira, Isabela. 2015. “Vara da Infância proíbe demolição na favela Metrô-Mangueira”. Brasil 247, 26/08/15. Disponible en: https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/vara-da-infancia-proibe-demolicao-na-favela-metro-mangueira. Acceso en 10/11/18.
Descàrregues
Publicades
Versions
- 2022-06-20 (2)
- 2022-04-01 (1)
Número
Secció
Llicència
Drets d'autor (c) 2022 Leticia Freire
Aquesta obra està sota una llicència internacional Creative Commons Reconeixement 4.0.
Els autors que publiquen en aquesta revista estan d’acord amb els termes següents:
- Els autors conserven els drets d’autoria i atorguen a la revista el dret de primera publicació, amb l’obra disponible simultàniament sota una Llicència d'Atribució Compartir igual de Creative Commons que permet compartir l’obra amb tercers, sempre que aquests en reconeguin l’autoria i la publicació inicial en aquesta revista.
- Els autors són lliures de fer acords contractuals addicionals independents per a la distribució no exclusiva de la versió de l’obra publicada a la revista (com ara la publicació en un repositori institucional o en un llibre), sempre que se’n reconegui la publicació inicial en aquesta revista.
- S’encoratja els autors a publicar la seva obra en línia (en repositoris institucionals o a la seva pàgina web, per exemple) abans i durant el procés de tramesa, amb l’objectiu d’aconseguir intercanvis productius i fer que l’obra obtingui més citacions (vegeu
- , en anglès).
