Body-territory, social reproduction and cosmopolitic: reflexions from the struggles of indigenous women in Brazil

Authors

DOI:

https://doi.org/10.1344/sn2021.25.32707

Keywords:

corpo-território, mulheres indígenas, reprodução social, cosmopolítica, vida nua,

Abstract

The performance of indigenous women as leaders of their peoples is growing in Brazil. In view of the dismantling of the environmental and indigenous policy, by the current government, and the extractive threat on indigenous territories, the right to territory is the main banner of struggle for these women, and the central motivation for their growing presence in spaces built by the indigenous movement. The notion of Body-territory is increasingly vocalized and gains new meanings among indigenous women in Brazil, who use it as a symbol for the inseparable relationship between people and territory. The present work seeks to affirm this as a cosmopolitical category, which illuminates capitalist contradictions, and is employed as resistance to the exception-dispossession process that produces naked life as a dehumanization necessary for the advance of accumulation.

Author Biography

Kena Azevedo Chaves, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Doutoranda em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e pesquisadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGVces), pesquisa a luta pelo território na perspectiva das mulheres indígenas, feminismo e territórios amazônicos atingidos por grandes empreendimentos.

References

Agamben, Giorgio (2002). Homo Sacer. São Paulo: Boitempo.

Agamben, Giorgio (2004). Estado de exceção. São Paulo: Boitempo.

Albert, Bruce (1995). O ouro canibal e a queda do céu: uma crítica xamânica da economia política da natureza. Brasília: Ed. UnB. Série Antropologia.

Albert, Bruce (2000) Associações indígenas e desenvolvimento sustentável na Amazônia brasileira. In: RICARDO, C. A. (Org.). Povos indígenas no Brasil, 1996-2000. São Paulo: Instituto Socioambiental, p. 197-207

APIB (2020). Articulação dos Povos Indígenas do Brasil. Sobre a APIB. Disponível em: http://apib.info/sobre/ Acesso em: 15/09/2020.

Bardin, Laurence (2011) Análise de Conteúdo. Almedina ed. [s.l.] Almedina.

Busconi, Antonella (2018). Cuerpo y territorio: una aproximación al activismo ecofeminista en América Latina. Anuario en Relaciones Internacionales, 2018.

Cabnal, Lorena (2010). Acercamiento a la construcción de la propuesta de pensamiento epistémico de las mujeres indígenas feministas comunitarias de Abya Yala. Asociación para la cooperación con el Sur. Feminismos diversos: el feminismo comunitario.

Cabnal, Lorena (2012). Agenda Feminista y Agenda Indígena: Puentes y Desafío. Mujeres en Diálogo: Avanzando hacia la Despatriarcalización en Bolivia . La Paz: Editora Presencia SRL, 53–61. Disponível em: https://www.bivica.org/files/mujeres-despatriarcalizacion.pdf

CIMI (2008) .Conselho Indigenista Missionário. Movimento e Organizações indígenas no Brasil. Acesso em: 20/10/2020 Disponível em: https://cimi.org.br/2008/07/ 27614/ Acesso em: 20/09/2020.

CIMI (2019). Conselho Indigenista Missionário. Carta da 1ª Marcha Nacional das Mulheres Indígenas. Disponível em: https://cimi.org.br/2019/08/marcha-mulheres-indigenas-documento-final-lutar-pelos-nossos-territorios-lutar-pelo-nosso-direito-vida Acesso em: 12/09/2020.

Chaves, Kena Azevedo. (2018). Colonialidade, exceção-espoliação e etnocídio: o caso dos atingidos à jusante da barragem de Belo Monte. Terra Livre 51(2), 120-152.

Chaves, Kena Azevedo. (2020).‘Hacia la Comunidad, Siempre’, os Caminhos do Feminismo Comunitário: Entrevista com Julieta Paredes. Revista Latino Americana de Geografia e Gênero, v. 11, n. 1, p.286 ­ 298.

Chaves, Kena Azevedo; Souza, Angelita Matos (2018). De Belo Monte a Belo Sun, o Pará como espaço de espoliação & exceção: o caso da resistência Yudjá. XV Coloquio Internacional de Geocrítica Las ciencias sociales y la edificación de una sociedad post-capitalista Barcelona, 7-12 de mayo de 2018. Disponível em: http://www.ub.edu/geocrit/XVColoquio/ChavesSouza.pdf

Colectivo Miradas Críticas del Territorio desde el Feminismo (2017). “Mapeando el Cuerpo-Territorio: Guía Metodológica para Mujeres que Defienden sus Territorios” https://miradascriticasdelterritoriodesdeelfeminismo.files.wordpress.com/2017/11/mapeando-el-cuerpo-territorio.pdf

De Almeida, Mauro Willian Barbosa (2012). Sociodiversidade e desenvolvimento. Versão não-revisada da palestra realizada na Reunião da Sociedade Brasileira de Antropologia. Simpósio: Os Antropólogos e os Dilemas do Desenvolvimento. Disponível em: https://mwba.files.wordpress.com/2013/03/sociodiversidade-e-desenvolvimento-rba2012-julho-rev-2013-03.pdf

Federici, Silvia (2017). O calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Elefante.

Federici, Silvia (2019). O ponto zero da revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista. São Paulo: Elefante.

Fonseca, Lívia Gimenes Dias da (2016). Despatriarcalizar e decolonizar o estado brasileiro: um olhar pelas políticas públicas para mulheres indígenas. 2016. 206 f., il. Tese (Doutorado em Direito)—Universidade de Brasília, Brasília.

Fraser, Nancy (2014). “Behind Marx’s hidden abode, for an Expanded Conception of Capitalism”, New Left Review 86, March-April, 2014.

Fraser, Nancy (2016). Contradicitons of capital and care. New Left Review 100, p. 99-117. Disponível em: https://newleftreview.org/issues/II100/articles/nancy-fraser-contradictions-of-capital-and-care.pdf

Fraser, Nancy (2021) Climates of capital. New Left Review, 127, Jan-Feb, 2021. Disponível em: https://newleftreview.org/issues/ii127/articles/nancy-fraser-climates-of-capital

Fraser, Nancy; Jaeggi, Rahel (2020). Capitalismo em Debate: uma conversa na teoria crítica. São Paulo: Boitempo.

Gago, Verónica (2020). A potência feminista ou o desejo de transformar tudo. São Paulo: Elefante.

Grubits, Sonia (2014). Mulheres indígenas brasileiras: educação e políticas públicas. Psicologia & Sociedade, 26 (1), 116 – 125. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/psoc/v26n1/13.pdf

Harvey, David (2012). O Novo Imperialismo. São Paulo: Loyola.

Harvey, David (2013). Para Entender o Capital: livro I. São Paulo: Boitempo.

IBGE (2010). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os índigenas no censo demográfico de 2010. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/indigenas/indigena_censo2010.pdf

ISA (2020). Instituto Socioambiental. Mapa das organizações de mulheres indígenas no Brasil. Disponível em: https://acervo.socioambiental.org/acervo/mapas-e-cartas-topograficas/brasil/mapa-das-organizacoes-de-mulheres-indigenas-no-brasil Acesso em: 20/10/2020.

Korap Munduruku, Alessandra; Chaves, Kena Azevedo (2020). “Precisamos estar vivos para seguir na luta”: pandemia e a luta das mulheres Munduruku. Mundo Amazónico, 11(2). Disponível em: https://revistas.unal.edu.co/index.php/imanimundo/article/view/88662

Lasmar, Cristiane (1998). Mulheres Indígenas: representações. Dossiê Mulheres Indígenas, Revista Estudos Feministas. V. 7, n. 1 e 2.

Levien, Michel (2014) Da acumulação primitiva aos regimes de desapropriação. Sociologia & Antropologia , v. 04, nº 01, p. 21–53, Rio de Janeiro, junho, 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sant/v4n1/2238-3875-sant-04-01-0021.pdf

Luxembrugo, Rosa (1985). A acumulação do capital: contribuição ao estudo econômico do imperialismo. 2ª ed. São Paulo, Nova Cultural (Os economistas).

Marras, Stelio (2018) Por uma antropologia do entre: reflexões sobre um novo e urgente descentramento do humano. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 69, p. 250-266, abr. 2018.

Marx, Karl (2018). O capital. Vol 01. São Paulo: civilização brasileira.

Mbembe, Achille (2018). Necropolítica. São Paulo: N1 edições

Molina, Luísa Pontes (2017). Terra, luta, vida: autodemarcações indígenas e afirmação da diferença (Dissertação de mestrado). Universidade de Brasília. Brasília, Brasil.

ONU Mulheres (2016) Pauta das mulheres indígenas. Disponível em: http://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2018/06/PAUTA-Mulheres-indigenas.pdf Acesso em 10/10/2020.

(2010). Hilando Fino desde el feminismo comunitario. La Paz: CEDEC y Mujeres Creando Comunidad.

Paredes, Julieta (2016). El desafio de la despatriarcalización: entramado para la liberación de los pueblos. La Paz: Femenistas Comunitarias de Abya Ayala (FeCAY).

Pignarre, Philippe; Stengers, Isabelle. (2005). La sorcellerie capitaliste: pratiques de désenvoûtement. Paris: La Découverte,

Quijano, Aníbal (2009). Colonialidade do Poder e Classificação Social. SANTOS, B. S.; MENESES, M. P. (Orgs.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Edições ALMEDINA. AS, 2009.

Sacchi, Angela (2006). União, luta, liberdade e resistência: as organizações de mulheres indígenas da Amazônia brasileira (Tese de Doutorado em Antropologia Social). Universidade Federal de Pernambuco, Pernambuco, Brasil.

Sassen, Saskia (2016). Expulsões: brutalidade e complexidade na economia

global. São Paulo: Paz e Terra

Sempértegui, Andrea (2019). Indigenous Women’s Activism, Ecofeminism, and Extractivism: Partial Connections in the Ecuadorian Amazon. Politics & Gender, 2019.

Stengers, Isabelle (2018) A proposição cosmopolítica. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 69, p. 442-464. 2018. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i69p442-464

Strathern, Marilyn (2006). O gênero da dádiva: problemas com as mulheres e problemas com a sociedade na Melanésia. Campinas: Unicamp.

Sztutman, Renato (2018). Reativar a feitiçaria e outras receitas de resistência – pensando com Isabelle Stengers. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 69, p. 338-360, abr. 2018.

Tzul, Gladyz (2015). Mujeres indígenas: historia de reproducción de la vida en Guatemala. Una reflexión a partir de la visita de Silvia Federici. Bajo el Volcán. Revista del posgrado de sociología. BUAP., v. 1, n. 22, 5 nov.

Published

2022-01-02