O Controle da Governança da Internet: A rearticulação do discurso nas redes sociais

Autores

  • Hindenburgo Francisco Pires

Palavras-chave:

Controle da Governança da Internet, Redes Sociais, ICANN, IGF, WCIT, NetMundial

Resumo

A partir dos pontos de vista antagônicos e assimétricos de atores vinculados à governança da internet, o propósito dessa pesquisa é responder as seguintes questões: Quem são esses atores? Como está sendo produzido o discurso hegemônico? Como está acontecendo o embate e a produção do dissenso nas redes sociais? Assim, os objetivos desse trabalho são, em primeiro lugar, demonstrar como ocorre, nas redes sociais, a articulação dos atores responsáveis pelo controle da governança da Internet e, em segundo lugar, analisar a produção do discurso hegemônico para a manutenção do status quo da governança da Internet. Para alcançar essas metas, serão analisados alguns documentos produzidos em oficinas e grupos de trabalhos dos seguintes eventos: a) Fórum da Governança da Internet – (IGF), organizada pela ONU e realizado em Baku (Azerbaijão) no período de 6 a 9 de Novembro de 2012; b) Conferência Mundial de Telecomunicações Internacionais (WCIT), organizada pela União Internacional de Telecomunicações e realizada em Dubai (Emirados Árabes Unidos), no período de 3 a 14 de dezembro de 2012; e c) Encontro Multissetorial Global sobre o Futuro da Governança da Internet – (NetMundial), organizada pela Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números - ICANN, apoiado pelo Comitê Gestor da Internet do Brasil, realizado nos dia 23 e 24 Abril de 2014, em São Paulo- São Paulo, no Brasil. O discurso desses documentos oficiais, resultantes desses eventos internacionais, será comparado com o de outros setores das redes sociais vinculados à sociedade civil e aos governos que não estão sendo contemplados, uma vez que, embora os atores participantes de algumas das listas de discussão apresentem propostas alternativas viáveis à governança da internet, a produção de propostas, oriunda dessas redes sociais e dos fóruns desses eventos internacionais, não vem sendo contemplada para a consecução efetiva de uma governança multilateral.

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