A Política Apaixonada de Unger
uma variante radical da experiência ocidental
DOI:
https://doi.org/10.1344/astrolabio.v1i29.48454Palavras-chave:
Cristianismo, Civilização Ocidental, Roberto Mangabeira UngerResumo
Este artigo apresenta e discute a influência do cristianismo na obra do filósofo brasileiro Roberto Mangabeira Unger, que se apresenta como um herdeiro e continuador do que entende ser a ortodoxia ocidental. Inicia examinando a dupla consciência cristã representada nas interpretações de Nietzsche (tendo a questão do ressentimento como foco) e a de Unamuno (debruçada sobre o problema da agonia), ambas tomadas em seu sentido formador dos valores mais característicos da civilização ocidental. Em seguida, analisamos a maneira pela qual Unger enxerga o desenvolvimento e a tradução do cristianismo na cultura romântica que desabrochou na modernidade europeia. E, na sua última parte, o texto reflete acerca da relação entre moral e política, tal como desdobrada, no pensamento de Unger, numa institucionalidade democrática específica. Concluímos que uma ordem sob o domínio do experimentalismo democrático melhor condiz com o potencial de realização da identidade do homem ocidental.
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