Metropolização, segregação socioespacial e injustiça ambiental: o caso da Baía de Sepetiba, RJ
DOI:
https://doi.org/10.1344/b3w.25.2020.28157Resumen
A metropolização do espaço refere-se a um conjunto de processos que abrange grandes dimensões urbanas, caracterizados principalmente pelas transformações do sistema productivo, o que acaba por desconstruir relações que, anteriormente, eram majoritariamente rurais. Os processos de metropolização acabam por exercer, desta forma, o papel de produtores de segregação socioespacial, o que gera injustiças ambientais, uma vez que resulta na concentração de ônus decorrentes da poluição e degradação do ambiente em territorios caracterizados por condições socioeconômicas mais vulneráveis, sendo os territrios que recebem os enpreendimentos danosos ao ambiente chamados zonas de sacrifício. Esses processos configuram conflitos entre os detentores do capital e as comunidades locais que sofrem com a poluição e que precisam do ambiente como fonte de sobrevivência física e simbólica. Neste contexto, o artigo tem por objetivo investigar os conflitos envolvendo a TKSCA e as populações do entorno de Baía de Sepetiba pela perpetiva da justiça ambiental, procurando investigar se existem processos de injustiça ambiental no territorio associados à instalação da indústria siderúrgica. Os processos de injustiça foram confirmados através do estudio de conceitos relacionados à justiça ambiental, visitas de campo, levantamento bibliográfico, análise e discussão de variáveis socioeconômicas e ambientais obtidas a partir dos dados do censo demográfico do ano de 2010, e mapeamento da área de estudo através da ferramenta ArcGIS 10.1.
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