A posição do ser humano no mundo e a Land Ethic

Autors/ores

  • Fabio Valenti Possamai

DOI:

https://doi.org/10.1344/rbd2011.23.7751

Paraules clau:

land ethic, ser humano, ambiente, antropocentrismo

Resum

Este trabalho tem por finalidade demonstrar como a Land Ethic, corrente da ética ambiental surgida com Aldo Leopold, propõe uma mudança no modo como o ser humano se posiciona em relação ao mundo e a tudo que for não-humano. Além disso, visamos discutir a crise ambiental contemporânea, expor suas origens e demonstrar que uma de suas principais causas é justamente a posição que o ser humano ocupa em relação ao mundo (de superioridade ético-ontológica). Veremos que suas raízes estão profundamente conectadas ao pensamento ocidental, especialmente às ideias de Francis Bacon, René Descartes, Galileu Galilei e Isaac Newton. Parte-se, para a consecução deste projeto, do pressuposto que a ética seria o ponto de partida para a resolução da crise ambiental. O ser humano conseguiu, especialmente a partir do século XVI, interferir e transformar a natureza em uma escala nunca antes vista, e tal ação causou um importante desequilíbrio no ecossistema terrestre. O atual paradigma que vivemos é extremamente antropocentrista e trouxe como consequência um projeto de dominação da natureza por parte do ser humano e que foi realizado por meio da técnica. Por meio das ideias de David Hume e Charles Darwin, Aldo Leopold postulou, com a Land Ethic, uma mudança de ênfase ética, do indivíduo à comunidade – o ser humano passaria a ser um membro, dentre tantos outros, da comunidade biótica. Portanto, a mudança na posição do ser humano no mundo, proposta pela Land Ethic, seria uma “virada ética” necessária no mundo contemporâneo.

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Com citar

Possamai, F. V. (2011). A posição do ser humano no mundo e a Land Ethic. Revista De Bioética Y Derecho, (23). https://doi.org/10.1344/rbd2011.23.7751

Número

Secció

Secció general