Biopolítica multiespécie:

animais dóceis e matáveis

Autors/ores

  • Higor Esturião PUCPR
  • Marta Luciane Fischer Fischer PCUCPR

DOI:

https://doi.org/10.1344/rbd2022.55.36655

Resum

A partir de conceitos propostos por Michel Foucault e Giorgio Agamben, tais como biopolítica, disciplina, soberania e vida nua, realizamos uma discussão sobre os conflitos de interesse existentes na relação humano-animais contemporâneas, e apostamos na biopolítica como uma de suas chaves de leitura. A hipótese é de que os referenciais biopolíticos podem enriquecer a discussão sobre as relações humano-animais, ética animal e bioética.  A partir de uma revisão bibliográfica exploratória, levantamos diversas pesquisas que apontam que, por um lado, a biopolítica não é um modo de governo exclusivo da vida humana, e se estende, antes, a toda uma série de viventes: de camundongos de laboratório a vacas leiteiras; por outro, se os animais estão imersos no paradigma da majoração da vida, seus corpos e vidas também são expostos ao poder soberano. Portanto, temos produção, administração e disciplina, mas também temos vida nua, soberania e mortes sem assassinatos. Os animais flutuam, ao menos em algumas relações, entre vidas dóceis e vidas matáveis.

Biografies de l'autor/a

Higor Esturião, PUCPR

Biomédico pela Universidade Federal Fluminense (2016).

Mestre em Bioética pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2020).

Marta Luciane Fischer Fischer, PCUCPR

Bióloga, arteeducadora, mestre e doutora em zoologia, docente dos cursos de Ciëncias biológicas e Programa de pós-graduação em Bioética da PUCPR

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Publicades

2022-06-16

Com citar

Esturião, H., & Fischer, M. L. F. (2022). Biopolítica multiespécie: : animais dóceis e matáveis. Revista De Bioética Y Derecho, (55). https://doi.org/10.1344/rbd2022.55.36655

Número

Secció

Bioètica Animal