El plan de parto como mecanismo de proteccion el derecho a la autodeterminación de la mujer en contexto obstétrico en Portugal

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.1344/rbd2023.58.39814

Palabras clave:

violencia obstétrica, autonomía, dignidad de la mujer, principios de la bioética, consentimiento informado, derechos del feto, derechos del niño, plan de parto

Resumen

La violencia obstétrica es una forma de violencia contra las mujeres, vulnerando derechos como la salud, seguridad, integridad física y psicológica, y, en los casos más extremos, el derecho a la vida. Abordaremos la violencia que se produce en el parto a través de insultos, falta de información, falta de respeto a la autonomía y autodeterminación de la mujer y violación del consentimiento informado. La práctica de procedimientos médicos como la episiotomía, medicación excesiva, privación de movimiento, maniobras de Kristeller, entre otros, son factores potenciales de riesgo para la salud y la vida del feto/niño. Afirmamos que la violencia obstétrica es, en muchos casos, no sólo violencia contra la mujer, sino también contra el niño. Los casos en que el niño nace con malformaciones o enfermedades resultantes del maltrato que la madre sufrió en el parto, generan responsabilidad médica. Recurrimos a trabajos en el área del Derecho, la Bioética y la Salud Reproductiva y textos jurídicos internacionales y nacionales. Concluimos que este tipo de violencia contra la mujer atenta directamente contra las leges artis medicinae y constituye una forma de grave discriminación de género que merece la censura jurídica de los Estados y de la propia profesión médica. Afirmamos que la episiotomía está calificada actualmente como un tipo de mutilación genital femenina, sancionable penalmente. Sostenemos que el derecho a estar acompañada durante el parto y a cumplir con el plan de parto elaborado por la mujer o la pareja son dos mecanismos esenciales para mitigar o eliminar la violencia obstétrica.

Biografía del autor/a

João Macedo, University of Minho

Profesor Asociado, Escuela Superior de Enfermería, U. Minho. Título de Especialista en Enfermería, U. Minho (2014).  Doctorando en Bioética, U. Porto (2020). 

Isa António, Centro de Investigación en Justicia y Gobernanza - JUSGOV, de la Universidad de Minho

Professora Convidada equiparada a Professora Auxiliar da Escola de Direito, Universidade do Minho. Doutora em Direito Administrativo/Contratação Pública. Mestre em Direito Administrativo, pela Universidade Católica do Porto.

Ermelinda Macedo, Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E)

Professora Coordenadora na Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho. Doutoramento em Psicologia concluído em 2013 pela Universidade de Aveiro. Título de Especialista da ECPDESP - Área de Enfermagem em 2014 pela Universidade do Minho.

Maria de Fátima Lopes, Administração Regional de Saúde Norte - Portugal

Enfermeira especialista em enfermagem de saúde materna e obstétrica. Coordenadora da Unidade de Cuidados na Comunidade Coração do Minho - Póvoa de Lanhoso- Portugal.

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Publicado

2023-06-15

Cómo citar

Macedo, J. C., António, I. ., Macedo, E., & Lopes, M. de F. (2023). El plan de parto como mecanismo de proteccion el derecho a la autodeterminación de la mujer en contexto obstétrico en Portugal. Revista De Bioética Y Derecho, (58), 223–242. https://doi.org/10.1344/rbd2023.58.39814

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