COMO TRADUZIR-ME DE UMA ARTE EM OUTRA? CLARICE LISPECTOR: ENTRE A PENA E O PINCEL, AS PALAVRAS E AS TINTAS

Autors/ores

  • Neurivaldo Campos Pedroso Junior

DOI:

https://doi.org/10.1344/transfer.2018.13.55-76

Paraules clau:

Clarice Lispector, Literatura, Pintura

Resum

Passados quase quarenta anos da morte de Clarice Lispector, muita tinta ainda corre no papel sobre a produção literária da autora. As análises da obra clariciana abarcam tanto as pers-pectivas mais tradicionais da teoria da narrativa, com ênfase na narrativa do fluxo da consciência e do monólogo interior, passan-do pela crítica feminista e, mais recentemente, abordagens centradas na crítica biográfica e cultural. Nos últimos anos, contudo, a crítica tem se voltado para uma outra Clarice Lispector: a pintora. A produção pictural clariciana foi realizada, em sua maioria, entre os anos de 1975 e 1976, totalizando vinte e duas telas. Dezoito das telas assinadas por Clarice estão depositadas na Fundação Casa de Rui Barbosa, enquanto outras duas foram presenteadas a Autran Dourado e Nélida Piñon e, por fim, duas pertencem ao Acervo do Instituto Moreira Salles (IMS). Nossa proposta neste trabalho é realizar uma reflexão acerca da tradução ou transposição intersemiótica da Pintura para a Literatura operada por Clarice Lispector. Para isso, procederemos à análise de um corpus pictórico que será composto basicamente por telas pintadas por Clarice e que são traduzidas intersemioticamente para as das narrativas de Água viva (1973) e Um sopro de vida (1978). Nesse sentido, é importante destacar que ainda há poucos trabalhos, na América Latina, que buscam discutir a tradução intersemiótica em Clarice Lispector, tanto em seus livros quanto em suas telas.

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Publicades

2017-12-21

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